Um dia após a Justiça determinar a soltura do funkeiro MC Poze, a influenciadora Vivi Noronha, esposa do artista, se tornou alvo de uma operação policial na manhã desta terça-feira (3). A ação foi deflagrada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro comandado pela cúpula do Comando Vermelho (CV).
De acordo com o portal g1, agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriram mandados de busca e apreensão na residência do casal, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O local foi o mesmo onde MC Poze foi preso na última quinta-feira.
Ao todo, a operação inclui 30 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além do bloqueio de bens em 35 contas bancárias.
As investigações, com base em dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), identificaram movimentações suspeitas nas contas pessoal e empresarial de Vivi Noronha. As transações teriam origem em contas de supostos laranjas ligados ao traficante Phillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, morto no último domingo (1º). Segundo a polícia, o esquema teria movimentado mais de R$ 250 milhões com o tráfico de drogas e a compra de armas de uso restrito.
Vivi é apontada como beneficiária direta dos recursos e, segundo a polícia, ocupa uma posição “simbólica” dentro do Comando Vermelho, atuando como elo entre o tráfico e o mundo do consumo digital.
Além da influenciadora, a investigação também aponta que o evento “Baile da Escolinha” funcionava como meio de arrecadação de recursos para o tráfico, enquanto um restaurante no mesmo local era usado para lavagem de dinheiro da facção.
Uma produtora musical, responsável por organizar bailes funk financiados pelo Comando Vermelho, também está na mira da polícia. O responsável pela empresa e a própria produtora aparecem como destinatários diretos de recursos ilícitos.