A modelo espanhola Joana Sanz anunciou nesta segunda-feira (31) que está grávida. A notícia veio poucos dias após o Tribunal Superior da Catalunha anular a condenação do ex-jogador Daniel Alves por estupro. Em sua postagem nas redes sociais, Sanz não mencionou o atleta brasileiro, mas revelou que enfrentou dificuldades para engravidar, incluindo duas fertilizações in vitro e três perdas gestacionais.
Foto: Nacho Doce/ Reuters
Segundo a imprensa espanhola, o casal reatou o relacionamento depois que Daniel Alves deixou a prisão em março de 2024. O ex-jogador ainda não se pronunciou sobre a gravidez da esposa.
Absolvição pode ser revista
A decisão judicial que absolveu Daniel Alves não é definitiva. O processo pode ser levado ao Tribunal Supremo da Espanha, instância máxima do Judiciário do país, caso o Ministério Público de Barcelona ou a defesa da vítima entrem com recurso. A advogada da jovem já indicou que pretende contestar a anulação da condenação.
Alves havia sido sentenciado a quatro anos e meio de prisão pela Audiência de Barcelona, instância superior da cidade. Após recurso da defesa, o Tribunal Superior da Catalunha decidiu rever a sentença, alegando “imprecisões” e insuficiência de provas no depoimento da vítima.
Histórico do caso
O caso começou em janeiro de 2023, quando uma mulher denunciou Daniel Alves por agressão sexual ocorrida em uma discoteca de Barcelona, em dezembro de 2022. O jogador chegou a negar que conhecia a jovem, mas depois mudou sua versão por quatro vezes ao longo do processo. Exames periciais encontraram vestígios de sêmen do brasileiro na vítima, e a Justiça espanhola determinou sua prisão preventiva, considerando risco de fuga.
Em fevereiro de 2024, o tribunal concluiu que a relação não foi consensual e condenou Alves. No entanto, em março, ele conseguiu liberdade provisória após pagar uma fiança de 1 milhão de euros. No fim de março de 2025, o Tribunal Superior da Catalunha anulou a condenação, decisão que agora pode ser contestada pelo Tribunal Supremo da Espanha.
Precedente jurídico
O caso pode seguir os mesmos passos do julgamento de La Manada, crime ocorrido em 2016, quando cinco homens foram absolvidos em segunda instância após serem condenados por abuso sexual. A decisão gerou protestos, e a acusação levou o caso ao Tribunal Supremo, que revisou a tipificação do crime para estupro e elevou as penas.
O episódio levou à aprovação da lei “Só Sim é Sim”, que ampliou o conceito de violência sexual na Espanha, considerando estupro qualquer relação sem consentimento explícito da vítima.
Agora, a acusação no caso de Daniel Alves pode seguir estratégia semelhante para reverter a absolvição no Tribunal Supremo.
Com informações do G1.