A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 13,25%, gerando impactos na economia e levantando dúvidas sobre o momento ideal para investir.
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Renda fixa em alta
Com o aumento da Selic, os investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos, pois os títulos passam a oferecer retornos mais elevados com risco controlado. Especialistas recomendam atenção especial aos títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic e os referenciados ao CDI, que acompanham a taxa de juros e protegem contra a inflação.
Segundo Michael Viriato, estrategista-chefe da Casa do Investidor, títulos indexados à inflação são boas opções para quem busca segurança e rentabilidade. “Esses títulos oferecem um juro real acima de 7%, chegando a 7,8% para vencimentos em 2035, um patamar elevado para o Brasil”, explicou.
Cautela com títulos prefixados
Os títulos prefixados, que oferecem um retorno fixo ao longo do tempo, exigem mais cautela em períodos de alta da Selic. Isso porque, se a taxa de juros continuar subindo, novos títulos serão lançados com rendimentos ainda maiores, tornando os anteriores menos vantajosos.
“Os prefixados estão na casa de 15% a 16%, mas se a Selic continuar subindo, podem perder competitividade. Esse investimento só faz sentido se o investidor acredita que a taxa vai cair em breve”, pontuou Viriato.
Já Marcelo Mello, CEO da SulAmérica Investimentos, sugere títulos prefixados de curto prazo, como os Tesouro Prefixado 2028 e 2029, para quem deseja diversificação.
Oportunidade nos CDBs
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) seguem a tendência de alta e podem ser boas alternativas. Especialistas indicam a compra de CDBs de bancos sólidos, que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para aportes de até R$ 250 mil.
“Investir em CDBs de bancos de primeira linha, com rendimento de cerca de 105% do CDI, pode ser uma boa estratégia. Porém, bancos menores podem enfrentar dificuldades com o aumento da inadimplência”, alertou Mello.
Impacto nas empresas
O cenário de juros elevados também afeta as companhias que emitem títulos de dívida. Empresas de médio e pequeno porte podem enfrentar maiores dificuldades devido ao custo elevado do crédito, impactando suas vendas.
“Companhias menores tendem a sofrer mais com a restrição monetária, enquanto empresas maiores oferecem menos risco para os investidores”, concluiu Mello.
Com informações do Bnews.