A Procuradoria-Geral da República denunciou Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas pela tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os denunciados, a única mulher é Marília Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que ocupava o cargo durante os atos de 8 de janeiro de 2023.

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Segundo a denúncia, Marília, assim como Anderson Torres e Fernando de Sousa Oliveira, descumpriu deliberadamente seu dever de prevenir os ataques aos prédios dos Três Poderes. Durante a CPI dos Atos Antidemocráticos no Distrito Federal, ela afirmou que a inteligência da secretaria identificou discursos de bolsonaristas sugerindo invasões, mas alegou que esses atos não tinham coordenação definida.
Em depoimento à Polícia Federal, Marília revelou que as forças de segurança participavam de um grupo de WhatsApp onde eram compartilhadas informações sobre as movimentações dos manifestantes desde o dia 6 de janeiro. No entanto, a denúncia da PGR destaca que ela só enviou sua primeira mensagem no grupo às 16h50 do dia 8 de janeiro, quando as invasões já estavam em curso, informando que a Força Nacional estava a caminho do Palácio do Planalto.
A ex-subsecretária havia sido nomeada para o cargo por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, com quem já havia trabalhado no Ministério da Justiça. A defesa de Marília ainda não se pronunciou sobre a denúncia.
Com informações do G1.