Joneuma Silva Neres, ex-diretora do presídio de Eunápolis, foi mantida presa após audiência de custódia, mesmo com a defesa alegando gravidez e solicitando sua liberação. A decisão do juiz se baseou em “fortes indícios” de envolvimento dela com a facção criminosa Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). De acordo com a investigação, Joneuma teria facilitado crimes durante seu tempo à frente do presídio e mantido contato com membros da facção, incluindo reuniões particulares com detentos líderes de grupos criminosos.

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As investigações apontaram diversas irregularidades no Conjunto Penal, como a concessão de benefícios a faccionados e a autorização de entrada sem a devida revista pessoal, incluindo visitas da esposa do líder do PCE, Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dadá. A suspeita de alinhamento com a facção foi reforçada por depoimentos de testemunhas e pela investigação policial, o que levou à decisão de manter Joneuma presa para evitar interferência nas investigações.
A prisão foi considerada necessária para garantir a continuidade da apuração, já que sua liberdade poderia intimidar testemunhas. Após seu afastamento, Joneuma ainda tentou acessar documentos do presídio, o que foi negado.
A família da ex-diretora se manifestou, defendendo sua integridade e repudiando as acusações, classificando-as como “infundadas”. Joneuma foi a primeira mulher a comandar um presídio masculino na Bahia e iniciou sua carreira no sistema penitenciário em 2016.
Com informações do Correio da Bahia.