A decisão do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) de limitar o número de trios elétricos no circuito Dodô para 26 por dia, no Carnaval de 2025, gerou debate entre os envolvidos na festa. A medida, que visa evitar problemas como atrasos, acidentes e superlotação, encontra apoio em parte do setor, mas também enfrenta críticas.
O presidente do Comcar, Washington Paganelli, justifica a decisão pela perda de espaço para estacionamento dos equipamentos, devido a um empreendimento imobiliário. Ele garante que todas as atrações e blocos estarão presentes na festa, apenas redistribuídos nos diferentes dias.
A Saltur e a Associação Baiana de Trios Elétricos Independentes (ABTI) concordam com a medida, argumentando que a superlotação do circuito no ano anterior demandava uma reavaliação. Segundo eles, a limitação dos trios contribui para um evento mais seguro e organizado.
Por outro lado, a Associação de Blocos de Salvador (ABS) critica a decisão, alegando que a exigência de equipamentos adicionais para os blocos contradiz a limitação de trios no circuito.
Outro ponto em discussão é a limitação do número de pessoas nos trios elétricos. O Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o Corpo de Bombeiros emitiram orientações sobre o assunto, visando garantir a segurança dos foliões e evitar sobrecarga nos veículos.
A medida do Comcar busca um equilíbrio entre a tradição do Carnaval de Salvador e a necessidade de garantir a segurança e o conforto dos foliões. No entanto, a decisão ainda gera debates e incertezas sobre o impacto da limitação dos trios na experiência do público.