Uma ação conjunta deflagrada na manhã desta terça-feira (26) prendeu preventivamente três pessoas acusadas de interferir em investigações sobre a atuação de um grupo miliciano na região de Feira de Santana. Entre os alvos da ‘Operação Patrocínio Indigno’ estão um advogado que representa um dos detidos na ‘Operação El Patrón’, além de um preso já custodiado no município de Serrinha e sua esposa, que cumprirá prisão domiciliar por ser mãe de uma criança menor de 11 anos.
A operação, conduzida pelo Ministério Público do Estado da Bahia e pela Polícia Federal, cumpriu também mandados de busca e apreensão em endereços dos investigados, incluindo um escritório de advocacia em Feira de Santana e uma cela no Conjunto Penal de Serrinha. As apurações apontam que o trio teria destruído provas digitais relacionadas aos crimes cometidos pela organização criminosa desarticulada em dezembro de 2023, durante a ‘Operação El Patrón’.
Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Feira de Santana e integram uma ação conjunta do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais), da Delepat (Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas), da Secretaria de Segurança Pública, por meio da Force (Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria-Geral), e da Receita Federal.
A ‘Operação El Patrón’ revelou, no final de 2023, um esquema criminoso de lavagem de dinheiro relacionado ao jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. O desdobramento atual busca reforçar o combate à obstrução de justiça e à continuidade de atividades ilícitas.