Harvard processa governo dos EUA após proibição de alunos estrangeiros

A Universidade Harvard entrou com uma ação judicial contra o governo dos Estados Unidos, após a administração de Donald Trump anunciar a proibição de estudantes estrangeiros na instituição. A medida, divulgada na quinta-feira (22 de maio de 2025) pelo Departamento de Segurança Interna (DHS), afeta cerca de 6.800 alunos internacionais e gerou forte reação da universidade.

Foto: REUTERS/Nicholas Pfosi

Motivação da proibição e resposta de Harvard

O governo justificou a decisão alegando que Harvard não entregou documentos solicitados sobre seus alunos estrangeiros. Além disso, a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, acusou a instituição de manter um ambiente hostil para estudantes judeus, além de promover simpatias ao Hamas e adotar políticas racistas de diversidade, equidade e inclusão.

Harvard reagiu imediatamente, classificando a medida como uma violação flagrante da Primeira Emenda da Constituição dos EUA e de outras leis federais. A universidade argumenta que a decisão terá efeitos devastadores sobre os alunos internacionais, que dependem do visto de estudante para permanecer no país.

Impacto para os estudantes e próximos passos

  • Estudantes que estão concluindo o curso poderão se formar normalmente, mas a medida entra em vigor no ano letivo de 2025-2026.
  • Alunos internacionais que ainda não terminaram o curso terão que se transferir para outra universidade ou perderão o direito de permanecer nos EUA.
  • Novos alunos estrangeiros que foram aceitos para iniciar as aulas em setembro não poderão ingressar, a menos que a decisão seja revertida pela Justiça.

O governo afirmou que Harvard pode recuperar o status de instituição autorizada a receber estrangeiros se cumprir uma lista de exigências em até 72 horas, incluindo a entrega de registros disciplinares de estudantes internacionais e gravações de protestos ocorridos no campus.

Conflito entre Harvard e o governo Trump

A decisão marca mais um capítulo na disputa entre Harvard e a administração Trump. Desde abril, a universidade tem se recusado a seguir ordens da Casa Branca para limitar protestos pró-Palestina e eliminar políticas de diversidade e inclusão. Como retaliação, o governo já havia suspendido repasses de verbas federais para pesquisas conduzidas na instituição.

Especialistas afirmam que a remoção de Harvard do Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio é sem precedentes, já que, historicamente, universidades só eram excluídas por motivos administrativos, como falta de credenciamento ou estrutura inadequada.

Com informações do G1.

FONTES / CRÉDITOS:

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossas notícias diretamente em seu email.

Inscrição realizada com sucesso Ops! Não foi possível realizar sua inscrição. Verifique sua conexão e tente novamente.

Anuncie aqui

Fale conosco