O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (22 de maio de 2025), um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), impactando transações de câmbio, previdência privada e crédito para empresas. A medida entra em vigor já nesta sexta-feira (23) e deve elevar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

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Compras internacionais e câmbio mais caros
Uma das principais mudanças afeta compras no exterior e aquisição de moeda estrangeira. O IOF sobre cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais subiu de 3,38% para 3,5%, enquanto a compra de moeda em espécie passa a ter alíquota única de 3,5%. A decisão foi justificada como uma tentativa de unificar tributações e eliminar distorções.
Especialistas apontam que o aumento tornará viagens e compras internacionais mais caras, e recomendam alternativas como uso de contas multimoedas, fintechs e planejamento gradual de compras em moeda estrangeira para minimizar os impactos.
Crédito empresarial terá maior tributação
O aumento do imposto também afeta empresas que buscam crédito e financiamentos. As taxas de IOF para operações de crédito empresarial subiram de 1,88% para 3,95% ao ano, enquanto as empresas do Simples Nacional passaram de 0,88% para 1,95% ao ano.
Além disso, o governo revogou a isenção para empréstimos externos de curto prazo (até 364 dias), aplicando agora taxação de 3,5% sobre essas operações. A mudança pode impactar empresas que dependem de capital estrangeiro para investimentos e expansão.
Previdência privada e novos encargos
Outra novidade é a criação de uma taxa de 5% de IOF sobre aportes mensais superiores a R$ 50 mil em planos VGBL e previdência privada. O governo afirma que a medida busca corrigir distorções, já que alguns investidores de alta renda utilizam previdência como investimento de baixa tributação.
Justificativas e impactos econômicos
O governo explicou que o reajuste do IOF faz parte de uma estratégia fiscal para cumprir metas de arrecadação e equilibrar as contas públicas. No entanto, economistas alertam que a medida pode encarecer financiamentos empresariais, reduzir o consumo e aumentar custos para brasileiros que compram produtos no exterior.
O impacto das novas alíquotas será acompanhado nos próximos meses, mas especialistas recomendam que consumidores e empresários busquem alternativas para minimizar os efeitos do aumento tributário.
Com informações do G1.