A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania aprovou, por unanimidade, o reconhecimento da ex-presidente Dilma Rousseff como anistiada política, concedendo uma indenização de R$ 100 mil devido às violações de direitos humanos que sofreu durante a ditadura militar.

Foto: Kristina Kormilitsyna/ Brics
Histórico do pedido de anistia
Dilma foi presa em 1970, aos 22 anos, por sua atuação em uma organização de resistência ao regime militar. Durante a prisão, foi torturada, impedida de retomar os estudos na UFMG e pressionada a deixar um cargo público no Rio Grande do Sul.
O pedido de anistia foi protocolado em 2002, mas sua tramitação foi suspensa enquanto Dilma ocupava cargos públicos. Em 2016, ela solicitou a retomada do processo, que foi negado em 2022 durante o governo de Jair Bolsonaro. Agora, a Comissão analisou o recurso apresentado pela defesa e aprovou a indenização.
Impacto da decisão
A presidente da Comissão de Anistia, Ana Maria Oliveira, afirmou que o caso de Dilma é simbólico e que a decisão terá impacto no debate sobre memória, verdade e justiça.
Dilma já havia sido reconhecida como anistiada política em Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, recebendo indenizações que somam R$ 72 mil, valores que ela doou para instituições sociais.
Atualmente, Dilma vive na China, onde preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira do grupo dos Brics.
Com informações do G1.