Britânicos sobem o Everest em tempo recorde com ajuda de gás xenônio

Um grupo de ex-soldados das forças especiais britânicas completou nesta quarta-feira (21) a subida do Monte Everest, atingindo o cume de 8.849 metros em apenas sete dias. A expedição foi marcada pelo uso de gás xenônio, uma substância que, segundo especialistas, favorece a produção de eritropoietina (EPO), um hormônio que estimula a geração de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade do corpo de transportar oxigênio e aumentando o desempenho físico em altitudes extremas.

Foto: Tim Chong/Arquivo/Reuters

O papel do xenônio na expedição

O xenônio, normalmente utilizado em lâmpadas e anestesia, foi inalado pelos montanhistas durante duas semanas antes da expedição, em Londres. O gás ajudou a simular os efeitos da grande altitude, permitindo que os alpinistas reduzissem o tempo de aclimatação, que normalmente dura dois meses nas encostas do Himalaia.

“O xenônio parece desenvolver mecanismos que protegem contra o mal de altitude causado pela falta de oxigênio”, explicou o doutor Michael Fries, membro da expedição.

Controvérsia e custo elevado

Embora o método tenha permitido uma subida mais rápida, ele é controverso no meio esportivo. O EPO, hormônio estimulado pelo xenônio, é proibido em diversas modalidades esportivas por ser considerado uma substância dopante.

Além disso, a técnica exige um alto investimento: a ascensão ao cume utilizando esse método custa cerca de US$ 170 mil (R$ 964 mil) por pessoa, um valor muito superior ao de uma expedição tradicional, que leva mais tempo.

Objetivo da expedição e histórico de recordes

A equipe, que incluía o secretário de Estado para os Ex-Combatentes, Alistair Carns, busca arrecadar fundos para órfãos que perderam seus pais em conflitos.

Apesar da rapidez da subida, o recorde de ascensão mais rápida ao Everest ainda pertence ao montanhista nepalês Lhakpa Gelu Sherpa, que completou o trajeto do acampamento base ao topo em 10 horas e 56 minutos, em 2003.

Com informações do G1.

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