Investigação revela esquema de joias feitas com alianças roubadas em São Paulo

Uma operação da Polícia Civil de São Paulo revelou um esquema criminoso envolvendo o roubo de alianças, que eram posteriormente derretidas e transformadas em joias de ostentação vendidas por uma joalheria famosa no meio artístico. O caso ganhou repercussão depois que a Dimi Joias, empresa conhecida por parcerias com funkeiros, passou a ser investigada por receptação de ouro proveniente de roubos.

Foto: Divulgação.

Como funcionava o esquema?

De acordo com as autoridades, a prática criminosa começava com uma quadrilha liderada por “Mainha do Crime”, que abordava vítimas nas ruas e roubava alianças. Os anéis eram então repassados para Rony Gonçalves, um intermediador que movimentava grandes quantidades de ouro no comércio ilegal do centro da capital paulista. Após essa etapa, ele negociava os itens com 11 joalherias, entre elas a Dimi Joias, que ostentava suas criações nas redes sociais e fazia negócios com influenciadores e cantores de funk.

Movimentação financeira suspeita

A investigação apontou que a Dimi Joias movimentou mais de R$ 90 milhões em quatro anos, um volume considerado incompatível para uma joalheria de seu porte. No dia da busca e apreensão, auditores da Receita Federal verificaram que o ouro no local não possuía lastro ou origem comprovada, reforçando as suspeitas sobre a participação da empresa no esquema criminoso.

Além do impacto financeiro, o estado de São Paulo registrou um aumento de 68% no número de roubos e furtos de alianças no primeiro trimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior, o que evidencia a demanda crescente por ouro no mercado ilegal.

Posicionamento da defesa

O advogado de Douglas Bonetti, dono da Dimi Joias, afirmou que seu cliente não foi indiciado e que a investigação ainda está em estágio preliminar. Em nota enviada ao Fantástico, Bonetti declarou que “a verdade será restabelecida”, sugerindo que não há provas conclusivas sobre seu envolvimento direto no esquema de receptação.

A polícia segue analisando documentos e registros financeiros para determinar o nível de envolvimento dos suspeitos e identificar todos os participantes da rede de receptação de ouro roubado.

Com informações do G1.

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