Hamilton Assis critica Prefeitura e Justiça em mobilização de professores

O vereador e professor Hamilton Assis (PSOL) participou, nesta quinta-feira (8), da mobilização dos professores da rede municipal de Salvador, realizada em frente à Secretaria Municipal de Educação (Smed), no bairro do Comércio. O ato ocorre após a Justiça considerar a greve ilegal e determinar o retorno imediato dos servidores às atividades.

Foto: Devid Santana / BNews.

A decisão liminar, assinada pelo juiz Adriano Augusto Gomes Borges na última terça-feira (6), exige a suspensão da greve e o retorno dos profissionais em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 15 mil. No entanto, Assis criticou a postura da Prefeitura e afirmou que os professores só voltarão ao trabalho quando houver uma proposta digna.

Reivindicação salarial e falta de diálogo

Segundo o vereador, a principal reivindicação da categoria é o pagamento do piso salarial, que não vem sendo cumprido pela gestão municipal. Ele acusa a Prefeitura de ignorar a demanda e de não apresentar um calendário de pagamento.

“O prefeito ofereceu apenas 4% de reajuste, dividido em duas parcelas: 2% agora e mais 2% em outubro. Isso não cobre as perdas salariais, que chegam a 58%. A Prefeitura sequer apresentou um plano para quitar essa dívida com os professores”, declarou Assis.

A mobilização ocorre após meses de tentativas de negociação. Em fevereiro, a APLB Sindicato e o Coletivo de Coordenadores Pedagógicos protocolaram uma solicitação formal de reajuste, mas não obtiveram resposta. Em março, os professores iniciaram protestos e, diante da falta de diálogo, decretaram greve geral.

Críticas à decisão judicial

Hamilton Assis também questionou a decisão da Justiça, alegando que o magistrado não ouviu os professores antes de decretar a ilegalidade da greve.

“O documento do juiz é genérico e poderia servir para qualquer situação. Antes de tomar essa decisão, ele deveria ter procurado a APLB, pois temos documentos que comprovam que a pauta de negociação foi entregue em fevereiro e que, desde então, o prefeito não nos deu atenção”, afirmou o vereador.

Diante da determinação judicial, a APLB já anunciou que recorrerá da decisão. Assis reforçou que os professores só retornarão às atividades quando houver uma proposta concreta e justa por parte da Prefeitura.

Com informações do Bnews.

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