PF investiga ilegalidade na compra de empresa ligada à Fiol; empresário nega envolvimento

Uma megaoperação da Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), revelou um esquema de extração ilegal de minério de ferro na Serra do Curral, ao sul de Belo Horizonte. A ação resultou na apreensão de documentos e no sequestro de bens dos envolvidos, totalizando R$ 832 milhões.

Foto: Divulgação / Cedro Mineração

Indícios de irregularidades

A investigação aponta que o empresário Lucas Kallas, dono da Cedro Participações, estaria articulando uma parceria com a Vale para adquirir a Bamin, empresa responsável pelas obras do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Além disso, há suspeitas de que servidores da Agência Nacional de Mineração (ANM) receberam propinas milionárias para favorecer a Empabra, empresa que explorava a Mina Granja Corumi, onde a atividade ilegal teria ocorrido até 2018, apesar da proibição desde 1990, quando a serra foi tombada como patrimônio histórico.

Histórico da Mina Granja Corumi

A Empabra operou legalmente de 1958 até 1990. Em 2008, seus proprietários criaram um Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD), permitindo a retirada do minério já extraído, com o compromisso de recuperar a região. No entanto, em 2012, três empresários — Lucas Prado Kallas, Luis Fernando Franceschini e Bruno Luciano Henriques — entraram no negócio e, segundo depoimentos à PF, passaram a retirar quantidades maiores de minério, violando o PRAD.

Próximos passos da investigação

A PF confirmou que análises periciais e auditorias corroboram as denúncias. A Justiça autorizou buscas, apreensões e o sequestro de bens dos envolvidos. A investigação segue para apurar o envolvimento de agentes públicos e possíveis impactos ambientais.

Com informações do Bnews.

Resposta

Na noite desta quinta-feira (24), Por Escrito foi procurado pela assessoria do empresário, que emitiu nota informando que Lucas Kallas não é proprietário da mineradora investigada, tendo sido, até 2018, sócio investidor em uma empresa que celebrou com a EMPABRA contratos de compra e venda de finos de minério. Ainda de acordo com a assessoria, o empresário foi indevidamente incluído nessa nova investigação.

Veja a nota de esclarecimento na íntegra:

Sobre a Operação Parcours, Lucas Kallas esclarece que não é “sócio proprietário” da mineradora EMPABRA.

Apenas foi sócio investidor em uma empresa que celebrou com a EMPABRA contratos de compra e venda de finos de minério. Lucas se desligou desse negócio formalmente em maio de 2018.

Em todo o tempo que figurou como investidor, as atividades se mostraram regulares em seus aspectos minerários e ambientais, com diversos relatórios de fiscalização de órgãos federais, estaduais e municipais. Lucas nunca ocupou cargos de diretoria da Empabra ou atuou como responsável técnico nos documentos apresentados.

Todos os fatos anteriores a 2021 já foram objeto de outra investigação da Polícia Federal (nº judicial 1010003-43.2021.4.01.3800), que se encontra arquivada e baixada, com a concordância do Ministério Público Federal, que não vislumbrou nem sequer indícios de irregularidades para o oferecimento de uma denúncia. Lucas Kallas nunca teve qualquer relação com os servidores da ANM citados.

Lucas foi indevidamente incluído nessa nova investigação relacionada a fatos ocorridos principalmente nos anos de 2023 a 2025, quando já estava afastado há 8 anos do quadro de investidores, mas confia que tudo será oportunamente esclarecido nas vias adequadas.

Sobre a operação João de Barros, de 2008, os fatos já foram devidamente esclarecidos nas vias judiciais. As ações criminais foram encerradas, com total reconhecimento de inocência.

Lucas Kallas é um empresário brasileiro e, como qualquer grande empreendedor, possui relações de caráter estritamente profissional com personalidades públicas, de todos os espectros ideológicos. O interesse de Lucas sempre será o desenvolvimento do país e, para isso, ele tem feito investimentos importantes para o Brasil.

Atualizada por Aura Cristiana Henrique, editora, às 21h13.

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