A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo da vacina contra chikungunya desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva. Este é o primeiro imunizante autorizado no país para combater a doença, que é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue e do zika vírus.

Foto: Reprodução/Governo de SP
Sobre a vacina
A vacina, de dose única, é indicada para pessoas acima de 18 anos e demonstrou alta eficácia em estudos clínicos. No ensaio de fase 3, publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, foi observada a presença de anticorpos neutralizantes em 100% dos voluntários com infecção prévia e em 98,8% daqueles sem contato anterior com o vírus. A proteção foi mantida em 99,1% dos participantes após seis meses.
Próximos passos
Embora aprovada, a vacina ainda precisa passar por etapas regulatórias para ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Instituto Butantan está desenvolvendo uma versão com componentes nacionais para facilitar sua distribuição. A inclusão no Programa Nacional de Imunizações (PNI) dependerá de análise pela Conitec e outras autoridades de saúde.
Impacto da chikungunya
A doença, que pode causar febre, dores articulares intensas e, em alguns casos, sequelas crônicas, afetou 620 mil pessoas no mundo em 2024, com destaque para Brasil, Paraguai, Argentina e Bolívia.
Essa aprovação representa um marco no combate à chikungunya, oferecendo uma nova ferramenta para proteger populações em regiões endêmicas.
Com informações do G1.