Os incels (abreviação de “involuntary celibates” ou “celibatários involuntários”) formam comunidades virtuais de homens heterossexuais que se percebem incapazes de atrair interesse romântico ou sexual. O movimento, que começou como um espaço de apoio para pessoas solitárias, evoluiu para um ecossistema marcado por misoginia, ressentimento e discursos de ódio, frequentemente associado à chamada “machosfera”, uma rede que promove visões hipermasculinas.

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Características e ideologia
Os incels atribuem sua falta de sucesso romântico a fatores como aparência física, inferioridade biológica ou falta de riqueza e habilidades sociais. Essa frustração frequentemente se transforma em ódio contra as mulheres, descritas como manipuladoras e interessadas apenas em homens atraentes ou ricos. O movimento também é conhecido por incitar violência e espalhar ideologias extremistas, incluindo contornos supremacistas.
Presença no Brasil
Inspirados por grupos internacionais, os incels brasileiros adaptaram seu vocabulário e ideologia ao contexto local, muitas vezes conectados à extrema direita. Eles utilizam plataformas como TikTok, Instagram, YouTube e Discord para disseminar suas ideias, embora mantenham interações mais radicais em fóruns privados.
Impactos e preocupações
Especialistas alertam para o potencial de violência associado ao movimento, que pode incluir ataques contra mulheres ou ações autodestrutivas. Além disso, estudos indicam que muitos incels sofrem de depressão severa, ansiedade e solidão, o que reforça a necessidade de abordagens focadas em saúde mental.
Origem e evolução
O termo “incel” foi cunhado nos anos 1990 por uma jovem canadense que buscava criar um espaço de apoio para pessoas solitárias. No entanto, o conceito foi apropriado por homens frustrados, tornando-se o embrião de um movimento internacional.
A compreensão e o enfrentamento do fenômeno incel exigem esforços que combinem educação, saúde mental e regulação de plataformas digitais.
Com informações do G1.