A taxa média de juros cobrada das famílias brasileiras subiu 2,4 pontos percentuais em fevereiro, atingindo 56,3% ao ano, o maior nível desde agosto de 2023, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (9). A alta acompanha o ciclo de aumento da taxa básica de juros Selic, fixada em 14,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em março.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Principais fatores para o aumento
A elevação foi impulsionada pelas taxas de cartão de crédito rotativo, que aumentaram 9,6 pontos percentuais, e pelo crédito pessoal não consignado, que registrou alta de 6,1 pontos percentuais. De acordo com a autarquia, o impacto veio tanto da variação das taxas quanto da mudança na composição dos saldos.
Impacto na economia e endividamento das famílias
Os dados do BC mostram que, em janeiro, o endividamento das famílias chegou a 48,7%, o maior índice desde maio de 2023. O comprometimento da renda também avançou, atingindo 27,3%, o nível mais alto desde julho de 2023.
Juros sobre empresas
Enquanto as taxas cobradas das famílias aumentaram, a taxa média de juros para empresas recuou para 23,9% ao ano, uma queda de 0,2 ponto percentual no mês.
A alta nos juros reforça os desafios para consumidores que dependem de crédito para consumo e investimentos, enquanto o cenário econômico segue pressionado pela política monetária.
Com informações do Bahia.Ba.