O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrenta resistência e críticas após aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro intensificarem a pressão para aprovar o projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Durante um ato na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro, atacou Motta publicamente, chamando-o de “vergonha da Paraíba”.

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Impacto político
Essas críticas e a pressão sobre deputados do Centrão geraram desconforto entre parlamentares que apoiam uma redução de penas, mas não a anistia total. A postura dos bolsonaristas pode ter inviabilizado o avanço do projeto no Congresso, segundo interlocutores de Motta.
Posição do STF e governo Lula
O Supremo Tribunal Federal (STF) também se opõe à ideia de anistia total, com magistrados destacando que os atos de 8 de janeiro visavam criar caos para justificar uma intervenção militar. A ministra Gleisi Hoffmann, do governo Lula, defendeu o STF e criticou o projeto como uma tentativa de promover impunidade.
Estratégia de Hugo Motta
Motta sinalizou que prefere discutir uma redução de penas para os condenados, evitando confrontos com o STF. Ele conseguiu convencer líderes partidários a não assinarem o requerimento de urgência para levar o projeto diretamente ao plenário.
O cenário político em torno da anistia reflete divisões profundas e desafios para avançar com propostas que buscam equilíbrio entre justiça e reconciliação.
Com informações do G1.