O último verão no Brasil alcançou o status de sexto mais quente já registrado desde o início das medições pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961. As temperaturas médias ficaram 0,34°C acima da média histórica, com cidades enfrentando ondas de calor sucessivas e alguns estados batendo recordes.

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As consequências foram sentidas em diversas partes do país: no Rio de Janeiro, o calor chegou a alterar a coloração do mar, enquanto capitais viveram dias com temperaturas até 7°C acima do esperado. Especialistas apontam para o aumento nas emissões de gases do efeito estufa como um fator determinante no agravamento dos fenômenos climáticos extremos.
Apesar das previsões de alívio devido à influência do fenômeno La Niña — que geralmente resfria os oceanos e diminui as temperaturas —, o verão se mostrou atípico. Já o verão de 2023/2024 foi marcado pelo El Niño, que aquece os oceanos e intensifica o calor.
O que esperar do outono?
Com o fim do verão e o início do outono, os brasileiros podem aguardar a chegada das primeiras massas de ar frio. A transição climática, no entanto, promete temperaturas acima do normal para a estação.
A previsão aponta três massas de ar polar neste mês de abril:
- Entre esta semana: uma massa inicial mais fraca atingirá apenas o Rio Grande do Sul, com temperaturas reduzidas em áreas limitadas.
- De 5 a 9 de abril: espera-se quedas mais acentuadas nas regiões:
- Santa Catarina (mínima de 19°C);
- Rio Grande do Sul (mínima de 14°C);
- Curitiba (mínima de 14°C);
- Mato Grosso do Sul (mínima de 22°C);
- São Paulo (mínima de 16°C);
- Rio de Janeiro (mínima de 18°C);
- Sul de Minas e Zona da Mata (mínimas ainda não detalhadas).
- De 12 a 16 de abril: essa deverá ser a massa mais intensa do período, com temperaturas mínimas previstas em:
- Santa Catarina (mínima de 17°C);
- Rio Grande do Sul (mínima de 14°C);
- Paraná (mínima de 13°C);
- Mato Grosso do Sul (mínima de 18°C);
- São Paulo (mínima de 18°C);
- Rio de Janeiro (mínima de 15°C);
- Minas Gerais (mínima de 18°C).
Embora o outono seja tradicionalmente marcado por temperaturas amenas, este ano promete dias mais quentes do que o habitual. Especialistas reforçam a necessidade de monitoramento das condições climáticas e adaptação às mudanças evidentes provocadas pelo aquecimento global.
Com informações do Bnews.