Os petroleiros da Petrobras iniciaram nesta quarta-feira (26) uma greve de 24 horas como forma de protesto contra a gestão da presidente Magda Chambriard. A paralisação foi organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que apontam dificuldades de diálogo com a presidência da estatal e reivindicam melhorias em remuneração e condições de trabalho.

Foto: Rafa Pereira / Petrobras
Principais reivindicações
Entre as demandas apresentadas pelos sindicatos estão:
- Defesa do teletrabalho: Cancelamento do cronograma de retorno ao escritório e renegociação dos termos do modelo híbrido.
- Pagamento integral da Participação nos Lucros e Resultados (PLR): A empresa propôs reduzir o percentual de distribuição de lucros em 31%, o que foi rejeitado pelos trabalhadores.
- Fim dos Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs): Relacionados à previdência complementar da Petros.
- Plano de cargos e salários: Criação de um modelo único e melhorado para crescimento na carreira.
- Reposição de efetivo: Contratação de novos funcionários para suprir a redução no quadro.
- Medidas de segurança: Adoção de práticas para evitar acidentes e doenças ocupacionais, além de combater a diferenciação entre trabalhadores.
Críticas à gestão
Os sindicatos acusam a gestão de Magda Chambriard de adotar uma postura autoritária e desrespeitosa, dificultando negociações coletivas e impondo decisões unilaterais. Um exemplo citado foi a implementação de mudanças no teletrabalho, que, segundo os sindicatos, foi apresentada como uma proposta imutável.
Impacto e contexto
A greve ocorre em um momento de queda nos lucros da Petrobras, que registrou R$ 36,6 bilhões em 2024, uma redução de 70,6% em relação ao ano anterior. A estatal ainda não se manifestou sobre o impacto da paralisação em suas operações.
Com informações do G1.