O governo dos Estados Unidos divulgou mais de 2 mil documentos relacionados à investigação do assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963. Entre os arquivos publicados na terça-feira (18), há menções ao Brasil, especialmente no contexto da Guerra Fria e da influência de Cuba e China na América Latina.

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Um dos documentos, um telegrama da CIA de 1961, revela que Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, recusou apoio de Fidel Castro e Mao Tse-Tung. O material relata que Brizola liderava o movimento para garantir a posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros, mas rejeitou a ajuda estrangeira por temer uma crise diplomática com os Estados Unidos.
Outro relatório, datado de 1964, aponta que o golpe militar no Brasil representou uma derrota significativa para Cuba, que buscava expandir sua influência na região. Apesar disso, a CIA identificou que o governo de Fidel Castro continuou financiando e apoiando grupos políticos em países como Brasil, Argentina e Chile.
Os documentos também indicam que diplomatas brasileiros teriam sido utilizados para transportar correspondências entre agentes americanos e cubanos, mas sem envolvimento direto com espionagem. Além disso, registros mostram que os Estados Unidos planejaram campanhas de propaganda para enfraquecer movimentos sindicais ligados a Cuba, incluindo um evento que seria realizado no Rio de Janeiro em 1964.
As informações fazem parte de uma nova leva de arquivos liberados após autorização do ex-presidente Donald Trump. O material detalha estratégias da CIA e do governo americano para conter a influência comunista no continente durante a Guerra Fria.
Com informações do G1.