Família de Moïse Kabagambe busca justiça três anos após seu assassinato no Rio de Janeiro

Nesta quinta-feira (13), o Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal da Capital do Rio de Janeiro julgará dois dos três acusados pela morte brutal do jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 25 anos. A vítima, que fugiu da guerra na República Democrática do Congo em busca de uma vida melhor, foi espancada até a morte em 2022 enquanto cobrava uma dívida trabalhista no quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca.

Foto: Divulgação.

Os réus Fábio Pirineus da Silva e Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca respondem por homicídio triplamente qualificado, incluindo motivo fútil e emprego de meio cruel. Um terceiro acusado, Brendon Alexander Luz da Silva, será julgado separadamente, após sua defesa recorrer da sentença de pronúncia no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Moïse, que vivia no Brasil desde 2011, foi atacado violentamente com socos, chutes e golpes de madeira, tendo mãos e pés amarrados. A mãe da vítima, Lotsove Lolo Lavy Ivone, lamentou a tragédia e disse que sua família buscava segurança ao fugir do Congo, mas encontrou violência no Brasil. “A gente atravessou o oceano para fugir da guerra e a encontramos aqui”, desabafou.

A defesa dos réus alega legítima defesa, alegando que Moïse teria atacado um idoso antes de ser imobilizado. Essa narrativa é contestada por familiares e promotores, que destacam que o jovem era trabalhador, sem histórico de comportamentos agressivos na localidade. “Não existe pena de morte no Brasil. Ele estava apenas reivindicando o pagamento de sua remuneração”, afirmou Rodrigo Mondego, advogado e amigo da família.

A condenação é vista pela família como uma resposta mínima de justiça diante de tamanha brutalidade. Para Maurice Mugeny, irmão de Moïse, a presença das câmeras garantiu a verdade dos fatos. “Se não tivesse provas, ele seria considerado um bandido. Mas nós esperamos justiça, para que esses criminosos paguem pelo que fizeram”.

A dor da perda continua presente na família, enquanto aguardam o julgamento para honrar a memória de Moïse e clamar por justiça.

Com informações do G1.

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