O vice-presidente e ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (10) que as ações do governo federal para reduzir os preços dos alimentos não terão impacto imediato. Em entrevista à rádio CBN, ele destacou que fatores como o clima adverso e a alta do dólar, que chegou a R$ 6,20 no final de 2024, contribuíram para o aumento dos custos.

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Apesar disso, Alckmin demonstrou otimismo, apontando que a queda do dólar e a previsão de uma safra recorde devem levar à redução dos preços nos próximos meses. “Isso não é em 24 horas”, ponderou o vice-presidente, reforçando que o governo está adotando medidas para acelerar esse processo.
Medidas para aliviar a inflação
Entre as ações anunciadas, está a decisão de zerar o imposto de importação de itens como carnes, açúcar, café, azeite, milho, biscoitos e massas. A medida visa aliviar a pressão inflacionária, especialmente para as famílias de baixa renda.
Alckmin também sugeriu que os estados reduzam temporariamente o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre produtos da cesta básica. Ele ressaltou que a proposta não é obrigatória, mas pode ter um efeito rápido na redução dos preços. “Não precisa zerar todos. Pode, de repente, pegar ovo e zerar o ICMS durante um período”, exemplificou.
Sem medidas drásticas
O vice-presidente descartou a possibilidade de tributar exportações do agronegócio, reafirmando que o governo não pretende adotar medidas drásticas ou heterodoxas para conter os preços. Ele enfatizou que a situação é transitória e que as condições econômicas devem melhorar com a estabilização do dólar e o aumento da produção agrícola.
As declarações de Alckmin refletem o esforço do governo em buscar soluções equilibradas para enfrentar a alta dos preços, enquanto mantém diálogo com os estados para ampliar o impacto das medidas.
Com informações do G1.