Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023. A pesquisa revelou que, apesar de as mulheres representarem 52,2% da população em idade de trabalhar no estado, elas não são a maioria no mercado de trabalho, correspondendo a 43,2% da força de trabalho, enquanto os homens representam 56,8%.
Foto: Jean Vagner/SEI
Em termos educacionais, as mulheres baianas superam os homens em níveis de Ensino Médio (36,3% das mulheres contra 33,4% dos homens) e Ensino Superior (15,1% das mulheres contra 10,2% dos homens). Contudo, as mulheres ainda enfrentam desigualdades salariais. A renda média das mulheres é inferior à dos homens, sendo R$ 1.935 contra R$ 2.052, respectivamente.
Além disso, o estudo destacou a interseção de raça e gênero, evidenciando uma disparidade significativa na renda das mulheres negras, que ganham, em média, 58,2% do rendimento dos homens brancos.
A pesquisa também apontou o impacto das responsabilidades domésticas e de cuidado, predominantemente atribuídas às mulheres. Em 2023, 50% das mulheres de 14 a 29 anos que não estavam estudando nem trabalhando justificaram sua situação por causa das atividades domésticas ou cuidado com familiares. O número de mulheres que desistiram de procurar trabalho também foi maior, com 122 mil mulheres (56,2%) na faixa etária de 14 a 29 anos.
O estudo conclui que as desigualdades de gênero no mercado de trabalho exigem políticas públicas que promovam igualdade real, como a redistribuição das responsabilidades de cuidado e a valorização do trabalho feminino.
Com informações do Bahia.Ba.