A série de ataques coordenados a provedores de internet no Ceará, que começou em fevereiro, resultou na prisão de pelo menos 40 pessoas. Esses ataques são atribuídos à facção criminosa Comando Vermelho, que exige uma “taxa” de parte das empresas de internet para permitir que elas operem em bairros da região. Se as operadoras não pagarem, as empresas sofrem ataques como incêndios a veículos, tiros em fachadas, e destruição de infraestruturas, incluindo cabos de fibra ótica.

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A Operação Strike, iniciada em 12 de março, tem como objetivo identificar, investigar e prender os responsáveis. Até o momento, a operação já resultou em 40 prisões. As prisões mais recentes ocorreram na cidade de Caridade, no interior do estado, em 27 de março, onde oito pessoas foram detidas. A operação também levou à apreensão de veículos, celulares, armas e munições.
O que motivou os ataques?
Os ataques visam forçar as empresas de internet a repassar uma parte da mensalidade paga pelos clientes para a facção. As empresas que se recusam a pagar a “taxa” são alvo de retaliação. Um exemplo disso ocorreu em Caridade, onde 90% dos clientes ficaram sem internet devido à destruição das infraestruturas.
Impacto nas empresas
Cinco empresas de internet já encerraram suas atividades devido aos prejuízos causados pelos ataques, incluindo a GPX Telecom, que teve seu patrimônio destruído em minutos por atos de vandalismo. Outras empresas também enfrentam dificuldades operacionais devido aos danos materiais causados pelos criminosos.
Reação do governo
Em resposta à escalada da violência, o governador Elmano de Freitas anunciou a criação de um grupo especial para investigar os ataques, e a Operação Strike tem sido uma das principais ações do governo para combater o crime organizado e proteger as empresas de internet no estado.
Cronologia dos ataques
Desde fevereiro, diversos ataques foram registrados, incluindo incêndios de carros e destruição de infraestruturas de provedores de internet em cidades como Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante. Os ataques têm deixado muitas áreas sem acesso à internet, afetando milhares de pessoas.
O governo continua a intensificar as operações para combater as ações criminosas, e as autoridades seguem com a investigação, com o objetivo de neutralizar a atuação da facção e restaurar a normalidade nos serviços de internet no Ceará.
Com informações do G1.